2013 tem sido um ano muito
diferente dos demais.
As circunstâncias e os eventos
inesperados me puseram frente a frente comigo mesma e nunca antes cheguei tão
próxima do meu Ser. Olhei-me cara a cara, sem pudor, sem medo e pude ver
bem no fundo da minha alma e pude sentir o meu próprio espírito flamejando e se
debatendo por liberdade.
Embora, por toda minha vida, tivesse
dedicado tempo e empenho pela busca do autoconhecimento sempre envolvendo
mudanças e crendo estar agindo de forma evolutiva, sempre lapidando a psique, confesso
que os resultados de "certa forma" satisfatórios não foram os mais esperados.
Apesar de saber que sócio-moralmente
eu estava agindo producentemente, no íntimo a insatisfação remoia cada vez mais
o meu coração. Cada vez mais me via exausta de encontrar pelo caminho da vida tanta
gente podre e nojenta que só de lembrar da sua existência me causava náuseas.
Muitas vezes questionei sobre
os frutos podres que colhi: "fui eu quem procurou tais resultados?"_"Devo estar mesmo pagando pelo que
fiz em algum momento dessa ou de outra vida?"_"Nada é por acaso, será?"
Realmente, o fato de “nada ser por
acaso” fez com que eu despertasse para a realidade e num insight tudo ficou muito
claro: Hora de fazer as devidas mudanças que tanto neguei em mim mesma. Não sou
a garotinha boa e chorona que todos podem fazer o que querem, ao contrário, sou uma mulher poderosa e destemida, independente e
muito capaz de realizações.
Óbvio que, durante a vida toda, havia
me anulado mais por causa dos erros alheios do que pelos meus próprios erros. Então me fiz uma última pergunta: "se estou pagando por algo que eu tenha feito, por que esses idiotas não podem pagar também?
Em resposta vi que era hora de tirar a carcaça do personagem bonzinho e mostrar quem realmente sou."
Em resposta vi que era hora de tirar a carcaça do personagem bonzinho e mostrar quem realmente sou."
Claro que eu não sou a Madre
Tereza de Calcutá, nem Mahatma Gandhi, tão pouco uma religiosa pregando paz e
amor ao próximo enquanto o apunhá-la pelas costas. Quanto ao carma, que se dane
o carma, adianta muito agir friamente e mau-caráter com as pessoas a sua volta e depois, por
horas a fio, recitar um mantra só pra dizer que está fazendo mudanças e limpando a alma. (Faz-me
rir)
Enfim, o primeiro trimestre de
2013 foi o que mais retalhou minhas diretrizes psicocomportamentais, já o
segundo trimestre me lançou no abismo diante de mim mesma permitindo, pela primeira vez, que eu pudesse conhecer
quem Sou na íntegra, nua e cruamente sem qualquer resquício de pseudo-ética moral.
Agora, no terceiro trimestre, dou
por iniciada uma nova fase onde esse “Eu” ocultado e negado por tanto tempo
encontra-se liberto para alçar vôos arrasantes e lançar no inferno todo idiota
que se atrever a atravessar o meu caminho.
Assim, 2013 deixou de ser um ano
ruim e, como previsto em 2010, tornou-se o ano mais importante da minha vida
onde “certamente” o quarto trimestre será “brindado” com uma bela taça de champagne
na passagem para 2014.